O Projeto Leitura do Mundo foi desenvolvido pela professora Indaiá Pereira da Silva no ano de 2009 e apresentado ao professor-formador André Marcílio Carvalho de Azevedo como avaliação parcial do Programa GESTAR II (Gestão da Aprendizagem Escolar).
O Projeto tinha como objetivo desenvolver nos alunos a consciência da importância de ler. Para isso, foram desenvolvidas atividades que estimulassem e despertassem o interesse pela leitura e pesquisa.
Inicialmente, o público-alvo do projeto era os alunos da Educação de Jovens e Adultos do ensino fundamental, do turno noturno, nas turmas em que a professora Indaiá leciona Língua Portuguesa.
Mas, devido à importância do tema, o Projeto foi estendido para as turmas de 7ª série, dentro da disciplina Consumo e Cidadania, e para uma turma do Ensino Médio, dentro da disciplina Artes Laborais.
Dentro do Projeto Leitura do Mundo foi trabalhado o tema Violência, com o objetivo de fomentar a discussão e a reflexão sobre as causas da violência e promover a cultura da paz.
Na primeira etapa do projeto os alunos assistiram vídeos relativos ao tema, leram e discutiram textos, participaram de debates, pesquisaram os diversos tipos de violência como bullying, violência doméstica, violência policial, pedofilia, exploração do trabalho infantil, assédio moral, dentre outros; confeccionaram cartazes, produziram peças teatrais e apresentaram os trabalhos para os colegas e a professora na sala de aula.
Na segunda etapa foi organizada uma campanha a favor da não-violência. Os alunos utilizaram seus talentos em nome da paz e da solidariedade. Expressaram-se através de desenhos, de letras de rap ou hip hop, cartazes, peças de teatro, etc. falando do problema da violência e da importância da paz.
Segundo a professora Indaiá “os alunos viram que é possível ler não apenas textos impressos no papel; que se pode ler uma charge, uma obra de arte, uma música, ou somente imagens. Entenderam que para ler um texto verbal ou não-verbal é preciso estarem atentos não só às informações que estão explícitas, mas também às que estão implícitas no texto; que é preciso ler além das palavras e das imagens”.
Os alunos foram avaliados através da observação do crescimento intelectual e criativo, da capacidade de expressar oralmente suas opiniões, do domínio da leitura e produção textual.
As atividades desta postagem foram sugeridas para o trabalho de alfabetização de jovens e adultos. As atividades bem como as sugestões de utilização encontram-se abaixo:
Leia o texto com a turma, cante a música até saberem de cor, escreva no quadro e vá cantando acompanhando com o dedo (leitura de ajuste), repita o mesmo procedimento com 3 ou 4 alunos indo ao quadro e apontando a letra (lembre-se que o oral deve estar ajustado ao escrito) , pare em determinadas palavras e pergunte que palavra é, descubra cantando e apontando. Converse sobre a música, título, autor. Deixe que falem sobre essa “morena” e porque ela é comparada a frutas, explore a oralidade pedindo para imaginarem os gostos, os sumos dessas frutas. E como é essa mulher? Gostosa como uma fruta? Na música há características físicas da morena? (pele macia, olhar noturno) Peça para que imaginem esta mulher, peça para que façam uma atividade imaginativa, procurem em revistas um rosto que seja desta morena, depois peça para que desenhem o seu corpo. Escolham um nome (cada aluno deve escolher e escrever o nome escolhido – atividade de escrita), façam uma exposição das morenas tropicanas da turma. E outro dia regate a música, cante de novo apontando para as palavras, pergunte se são capazes de reconhecer nomes de frutas. Conhecem essas frutas? Muitas são típicas do nordeste brasileiro (aproveite para conversar sobre a origem deles, as diferenças em relação as comidas, frutas que não encontram aqui). Leia a música com eles novamente e vá circulando (eles devem fazer o mesmo na folha deles). Depois proponha colocar esses nomes em ordem alfabética, aproveite para explicar porque que se chama ordem alfabética, leia o alfabeto, mostre situações em que a organização por ordem alfabética facilita a vida (dicionário, organização das fichas dos alunos na secretaria, na lista de chamada, no caderno de telefones). Coloque com eles, os nomes de frutas em ordem alfabética (essa primeira atividade deve ser feita em conjunto para mostrar o procedimento de olhar a 1ª letra e o alfabeto, ou as demais letras, caso necessário. Essa lista será usada na atividade de leitura seguinte onde procurarão os nomes das frutas (na atividade a seguir os nomes das frutas estão na mesma ordem em que aparecem na música, mas eles procurarão na lista produzida em ordem alfabética).
Música utilizada: Morena Tropicana - Alceu Valença
Esta atividade visa a possibilitar que os alunos levem não só seus livros para casa, mas junto com eles a capacidade de buscar outros livros e, assim, traçar seus próprios caminhos de leitores. Embasamento TeóricoPara entender melhor o embasamento da atividade aqui proposta, algumas concepções de leitura devem ser levadas em conta. Primeiramente, a noção de que a leitura não é um ato puramente individual; é uma prática social e, assim sendo, não ocorre apenas no instante da leitura propriamente dita. Numa analogia com uma peça de teatro, podemos dizer que esse momento é apenas um dos atos que compõem a peça. Assim, além da leitura da história que o livro apresenta, devemos desvendar toda a leitura que o livro nos possibilita: Que editora publicou a história? Pertence a alguma coleção? Qual? Para que tipos de leitores? Que informações se encontram na quarta-capa? O livro tem orelha? Que informações lá se encontram? Da mesma forma, os alunos podem descobrir que a história de um livro é escrita por um autor, pode ser ilustrada, revisada e diagramada, antes de chegar às mãos do leitor. Quem é o autor do livro? Quando essa história foi escrita? Para quem? O livro possui gravuras? Quem o ilustrou? Houve revisão? O que é fazer revisão de um livro? Além dessas informações, devemos possibilitar que o aluno se enxergue como leitor ativo que interage com o livro, que participa do processo de leitura. O que ele sabe sobre o tema do livro? Conhece alguém que já o leu? Sobre o que ele imagina que seja a história? Após a leitura da história, a leitura do livro continua na conversa com os amigos sobre as impressões da história, se gostou, não gostou, se o recomendaria ou não e por quê. Assim, o professor pode e deve promover a familiarização do aluno com o mundo das práticas de leitura, começando, antes de tudo, com o próprio objeto livro.
Projeto Leitura do Mundo
ResponderExcluirO Projeto Leitura do Mundo foi desenvolvido pela professora Indaiá Pereira da Silva no ano de 2009 e apresentado ao professor-formador André Marcílio Carvalho de Azevedo como avaliação parcial do Programa GESTAR II (Gestão da Aprendizagem Escolar).
O Projeto tinha como objetivo desenvolver nos alunos a consciência da importância de ler. Para isso, foram desenvolvidas atividades que estimulassem e despertassem o interesse pela leitura e pesquisa.
Inicialmente, o público-alvo do projeto era os alunos da Educação de Jovens e Adultos do ensino fundamental, do turno noturno, nas turmas em que a professora Indaiá leciona Língua Portuguesa.
Mas, devido à importância do tema, o Projeto foi estendido para as turmas de 7ª série, dentro da disciplina Consumo e Cidadania, e para uma turma do Ensino Médio, dentro da disciplina Artes Laborais.
Dentro do Projeto Leitura do Mundo foi trabalhado o tema Violência, com o objetivo de fomentar a discussão e a reflexão sobre as causas da violência e promover a cultura da paz.
Na primeira etapa do projeto os alunos assistiram vídeos relativos ao tema, leram e discutiram textos, participaram de debates, pesquisaram os diversos tipos de violência como bullying, violência doméstica, violência policial, pedofilia, exploração do trabalho infantil, assédio moral, dentre outros; confeccionaram cartazes, produziram peças teatrais e apresentaram os trabalhos para os colegas e a professora na sala de aula.
Na segunda etapa foi organizada uma campanha a favor da não-violência. Os alunos utilizaram seus talentos em nome da paz e da solidariedade. Expressaram-se através de desenhos, de letras de rap ou hip hop, cartazes, peças de teatro, etc. falando do problema da violência e da importância da paz.
Segundo a professora Indaiá “os alunos viram que é possível ler não apenas textos impressos no papel; que se pode ler uma charge, uma obra de arte, uma música, ou somente imagens. Entenderam que para ler um texto verbal ou não-verbal é preciso estarem atentos não só às informações que estão explícitas, mas também às que estão implícitas no texto; que é preciso ler além das palavras e das imagens”.
Os alunos foram avaliados através da observação do crescimento intelectual e criativo, da capacidade de expressar oralmente suas opiniões, do domínio da leitura e produção textual.
As atividades desta postagem foram sugeridas para o trabalho de alfabetização de jovens e adultos.
ResponderExcluirAs atividades bem como as sugestões de utilização encontram-se abaixo:
Leia o texto com a turma, cante a música até saberem de cor, escreva no quadro e vá cantando acompanhando com o dedo (leitura de ajuste), repita o mesmo procedimento com 3 ou 4 alunos indo ao quadro e apontando a letra (lembre-se que o oral deve estar ajustado ao escrito) , pare em determinadas palavras e pergunte que palavra é, descubra cantando e apontando.
Converse sobre a música, título, autor. Deixe que falem sobre essa “morena” e porque ela é comparada a frutas, explore a oralidade pedindo para imaginarem os gostos, os sumos dessas frutas. E como é essa mulher? Gostosa como uma fruta? Na música há características físicas da morena? (pele macia, olhar noturno)
Peça para que imaginem esta mulher, peça para que façam uma atividade imaginativa, procurem em revistas um rosto que seja desta morena, depois peça para que desenhem o seu corpo. Escolham um nome (cada aluno deve escolher e escrever o nome escolhido – atividade de escrita), façam uma exposição das morenas tropicanas da turma.
E outro dia regate a música, cante de novo apontando para as palavras, pergunte se são capazes de reconhecer nomes de frutas. Conhecem essas frutas? Muitas são típicas do nordeste brasileiro (aproveite para conversar sobre a origem deles, as diferenças em relação as comidas, frutas que não encontram aqui). Leia a música com eles novamente e vá circulando (eles devem fazer o mesmo na folha deles). Depois proponha colocar esses nomes em ordem alfabética, aproveite para explicar porque que se chama ordem alfabética, leia o alfabeto, mostre situações em que a organização por ordem alfabética facilita a vida (dicionário, organização das fichas dos alunos na secretaria, na lista de chamada, no caderno de telefones). Coloque com eles, os nomes de frutas em ordem alfabética (essa primeira atividade deve ser feita em conjunto para mostrar o procedimento de olhar a 1ª letra e o alfabeto, ou as demais letras, caso necessário. Essa lista será usada na atividade de leitura seguinte onde procurarão os nomes das frutas (na atividade a seguir os nomes das frutas estão na mesma ordem em que aparecem na música, mas eles procurarão na lista produzida em ordem alfabética).
Música utilizada: Morena Tropicana - Alceu Valença
Esta atividade visa a possibilitar que os alunos levem não só seus livros para casa, mas junto com eles a capacidade de buscar outros livros e, assim, traçar seus próprios caminhos de leitores. Embasamento TeóricoPara entender melhor o embasamento da atividade aqui proposta, algumas concepções de leitura devem ser levadas em conta. Primeiramente, a noção de que a leitura não é um ato puramente individual; é uma prática social e, assim sendo, não ocorre apenas no instante da leitura propriamente dita. Numa analogia com uma peça de teatro, podemos dizer que esse momento é apenas um dos atos que compõem a peça. Assim, além da leitura da história que o livro apresenta, devemos desvendar toda a leitura que o livro nos possibilita:
ResponderExcluirQue editora publicou a história?
Pertence a alguma coleção? Qual?
Para que tipos de leitores?
Que informações se encontram na quarta-capa?
O livro tem orelha? Que informações lá se encontram?
Da mesma forma, os alunos podem descobrir que a história de um livro é escrita por um autor, pode ser ilustrada, revisada e diagramada, antes de chegar às mãos do leitor.
Quem é o autor do livro? Quando essa história foi escrita? Para quem? O livro possui gravuras? Quem o ilustrou? Houve revisão? O que é fazer revisão de um livro? Além dessas informações, devemos possibilitar que o aluno se enxergue como leitor ativo que interage com o livro, que participa do processo de leitura. O que ele sabe sobre o tema do livro? Conhece alguém que já o leu? Sobre o que ele imagina que seja a história? Após a leitura da história, a leitura do livro continua na conversa com os amigos sobre as impressões da história, se gostou, não gostou, se o recomendaria ou não e por quê. Assim, o professor pode e deve promover a familiarização do aluno com o mundo das práticas de leitura, começando, antes de tudo, com o próprio objeto livro.